Grávidas com Covid-19 têm mais chance de parto prematuro?
Há algumas semanas, foi noticiado pela imprensa brasileira o nascimento prematuro de bebês de gestantes diagnosticadas com COVID-19.
Por se tratar de um vírus recente, as pesquisas, incluindo as gestantes, são ainda muito limitadas.
As grávidas, assim como as puérperas, passaram a ser consideradas grupo de risco para COVID-19 pelo Ministério da Saúde como forma de precaução. No caso das gestantes, estudos apontam risco de parto prematuro.
E em um estudo publicado no periódico acadêmico Ultrasound in Obstetrics & Gynecology (UOG), pesquisadores ingleses analisaram 32 mulheres com COVID-19, e dessas 47% tiveram parto prematuro relacionado com insuficiência respiratória e febre alta.
As puérperas são mais vulneráveis às complicações da doença por apresentar o sistema imunológico comprometido devido às modificações corporais presentes até a sexta semana pós parto.
Enquanto não temos a vacina, devemos manter as medidas protetivas como isolamento social, cuidados higiênicos e comportamentais como lavagem das mãos e o uso de máscaras.
Para aquelas que já engravidaram, a atividade física sob supervisão e acompanhamento com nutricionista tornam-se extremamente necessários, além de, obviamente manter o pré-natal e seguir as orientações do obstetra.
Para a população feminina em idade fértil, recomendo contracepção eficaz até atingirmos a cobertura vacinal sob a responsabilidade do Programa Nacional de Imunizações, diga-se de passagem, um dos melhores dos mundo.
Dra. Trícia Barreto
Ginecologista e Obstetra – CRM GO-10673
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